8 de abr. de 2011

Ministrando-te a mim

Escrito por Igor

Quão grande é a vontade de dizer “Deus ministrou em meu coração isto, irmão” e não temer estar enganado pelos meus sentimentos.

Eu tenho me vigiado, percebido que meus atos não estão sempre fixados na base que Jesus seguiu. É uma força ilusória que me induz a acreditar que tal indignação deva ser manifestada.

-Espírito Santo, é você?

Eu busquei a Deus todos estes dias. Como poderia fluir em mim um desejo aquém da sua vontade?

Eu penso. Aprendo a ficar em silêncio. Peço que sua vontade seja revelada em mim ali, mas o meu coração arde em desejo contra ela. Ele fortemente se inquieta pra me mostrar a hipocrisia que ainda habita em mim.

“Eu sou o filho de Deus!”. É o clamor da minha alma argumentando em favor de uma falsa exortação.

Assim começa uma diária guerra. De um lado a vontade quase incontrolável de sentir-se satisfeito, de outro, a Dele. Se a Ele que eu busco, a Ele que clamo, por Ele que vivo e por Ele que canto. Por que tem sido tão difícil puramente refletir tal amor?

Intimidade. Nós não nos conhecemos.

Quando, ao dormir, meu inconsciente se faz imagem e é a mim permitido ver as ilusões a que me apego, percebo que há um longo caminho pela frente. Seria muito mais difícil se a luz que invade meu quarto não chegasse aos meus olhos. Ela o clareia, pois o cega. Seu brilho é tão forte que eu não consigo formar nenhuma imagem além dela. É quando eu me perco. Alegre. Alegria que provém de não ter nenhuma certeza além de uma luz que anuncia vida. Anuncia que naquele quarto há vida.

Toda vez que de sabedoria eu precisar, fecharei meus olhos e debaixo da Tua palavra colocarei meu pés. Quando, inevitavelmente, for inundado por tal luz, saberei discernir a Tua voz. Ela será a única que, incontrolavelmente, agitará meu coração.

Concluo que Ele me conhece, logo a ele todo dia perguntarei “Quem sou eu?”.

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