1 de dez. de 2009

VI: Relembrando

Escrito por Fabricio Cantarella

Já sentiu aquela sensação de que o universo conspira contra você?

Pela primeira vez desde aquele fatídico dia, eu estava feliz, Gabriele me fazia feliz, saíamos juntos, jantávamos juntos, dormíamos juntos. Os dias passavam leves, sem pressão - exceto pela galeria que me cobrava obras atrás de obras -, eu havia voltado a sorrir, ainda mais depois das sessões insaciáveis de sexo, ah! como Gabriele sabia ser insaciável. Lembro-me e provavelmente nunca me esquecerei do dia em que ela me fez dar a melhor gozada que já tive.

Foi uma terça-feira, como sempre, me dirigi à casa dela após sair da galeria para jantarmos juntos, mas, ao chegar la, encontrei algo tão delicioso quanto um bom jantar à luz de velas.
Gabriele estava sentada sobre a mesa, pernas na cadeira a sua frente, salto alto, cinta-liga e corpete em tons claros de rosa, dirty and innocent. No alto dos seus metro e setenta ela me olhava, sentada sobre a mesa, as pernas convidativamente abertas, e admirava minha reação.
- Sem jantar hoje?, consegui balbuciar por de trás da surpresa.
- Podemos pegar algo para comer depois se quiser, senta aqui pra conversarmos um pouco., ela abriu espaço na cadeira, a expressão sensual, provocativa e divertida.
Sentei e ela logo em seguida sentou em meu colo e sussurrou em meu ouvido:
- Achei que talvez nos divertíssemos mais do que só com um jantar.

Só então, quando ela começou a seguir o ritmo provocante que eu percebi a música rolando no plano de fundo da sala de jantar. Ela rebolava devagar ao som da música, ia pra cima e pra baixo em meu colo, mordia minhas orelhas, meu pescoço, me chamava pra cima dela e virava de costas, sempre rebolando e sorrindo ela seguia com o lap dance, cada vez mais provocante. Me tirou a camiseta e eu lhe tirei a cinta-liga, a música calma passou pra uma mais agitada e ela começou a rebolar mais forte em cima de um Chaz cada vez mais excitado. O corpete saiu no dente, enquanto ela desafivelava meu cinto e baixava meu zíper. Deitei-a na mesa, o encaixe ficou perfeito para explorá-la com minha língua num oral que, como ela dizia "só você, Chaz, sabe fazer."

A música seguinte à agitada foi, novamente, calma e eu segui o ritmo, começando devagar, fazendo-a pedir mais. Nossos sentidos estavam aguçados naquela noite, a pele sensível de Gabriele se arrepiava e ela se contraia de prazer enquanto eu corria as mãos pelos seus seios e barriga, ou enquanto beijava suas pernas apoiadas em meus ombros. Gabriele sentou-se então, começou a me beijar a boca e, tão súbito quanto começou, ela parou, me olhou, sorriu e me empurrou pra longe dela. Ela estava animada naquela noite, me sentou novamente na cadeira, virou-se de costas e continuou com o lap dance, colocando e tirando, rebolando, pra cima e pra baixo, de frente e de costas e de frente de costas e colocando e tirando e rebolando e de frente e pra cima e finalmente de costas, colocando e, sentada no meu colo, ela voltou ao sexo animalmente passional, forte que nos era característico.
Puxou minhas mãos para seus seios, me buscava os cabelos e continuava com sua dança sexual enquanto gemia alto. Ela me puxava forte, me fazia abraçá-la forte, ela estava excitada ao máximo que podia e me queria dentro dela. Ela foi forte e ela veio forte, ela gozou com um gemido alto de alívio e tesão e eu me juntei, com o prazer dela, ao prazer dela.

Lembrava-me sempre daquele dia, na rua ou no trabalho ou em casa ouvindo música e bebendo uma cerveja. Gabriele sabia me fazer feliz e eu gostava de estar ao lado dela, sentia-me seguro, longe do passado amargo que tinha ficado.
Amargo como o som do telefone tocando às três da manhã de uma quinta-feira qualquer:
- Alô?
- Chaz? Sou eu, Lívia. Queria ouvir sua voz, estava com saudades e arrependida por ter te deixado...

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